sábado, 2 de maio de 2015

3. O Pote de Azeite

Figura da página 11 do original
Joãozinho estava mais crescido; tinha quase oito anos.

Um dia, na ausência da mãe que tinha ido à cidade vizinha, ele teve a lembrança de pegar um objeto que estava em cima de um armário alto. 

Arrastou uma cadeira, mas quando subia, esbarrou por acaso num vaso de azeite. Mas, percebendo que não seria capaz de fazer com que a travessura passasse desapercebida à mãe, pensou em diminuir pelo menos seu desgosto e – dito aqui entre nós – evitar também o castigo.

Cortou uma vara comprida da cerca vizinha. Limpou-a direitinho, enfeitou-a com frisos e, quando a mãe voltou, correu ao seu encontro, cumprimentando-a amorosamente.

- Como vai, mamãe? ... fez boa viagem?
- Fiz. Joãozinho: e você como vai? Está sempre bem comportado e alegre?
- Oh! Mamãe, tome.
E deu-lhe a vara.
- Oh! Você já fez alguma das suas?
- Fiz, mamãe... e desta vez mereço ser castigado.
-  O que foi que aconteceu?!
- Por azar eu quebrei o pote de azeite... trouxe-lhe logo a vara para poupar-lhe o incômodo de ir busca-la.

Contou o fato com tanta simplicidade e com um sorriso tão ingênuo, sempre oferecendo a vara, que a mãe adivinhou a sua inocência e riu com ele da sua tão divertida astúcia.


***

FONTECHIAVARINO, SORRISOS de DOM BOSCO. VI Edição, Ed. Paulinas, São Paulo, 1959, o "sorriso" de hoje encontra-se à páginas 10 a 11.


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