O pequeno João, isto é, Dom Bosco em criança,
desde a idade de quatro ou cinco aos já era grande apreciador de divertimentos.
O seu brinquedo predileto era o jogo de “gala”, que consistia em rebater com um
bastãozinho uma bola de madeira atirada pelo adversário. Porém, mais de uma
vez, a bola, impelida por mão inábeis ou imprudentes, atingia-o na testa ou no
rosto. Sentindo-se ferido, o garoto corria logo para junto da mãe, que vendo—o
magoado e ensanguentado o repreendia assim:
Figura da pág. 9 |
- Por que é que você anda sempre com esses
meninos? Não vê que eles são malvados?
- Mas eu ando com eles justamente por isso. Diante
de mim comportam-se melhor e não dizem palavras feias.
- Mas, no entanto, você volta para casa com a
cabeça rachada!
- Isso acontece... foi um desastre...
- Está bem... mas não fique mais na companhia
deles.
- Mamãe! ...
- Você ouviu o que eu disse?
- Para satisfazê-la não os verei mais; mas
pense nisso: quando estou com eles quem manda sou eu; só fazem o que eu quero e
não há rixas nem conversas más.
A mãe ficou um tanto perplexa, mas quase com
medo de impedir uma boa ação. Hesitou alguns momentos e depois permitiu que ele
voltasse para brincar com os meninos.
Joãozinho parece que pressentia desde aquele
tempo a nobre e grande missão que havia de cumprir em prol dos jovens. Todo
satisfeito e risonho apesar da cabeça enfaixada, ele corria para continuar o
jogo interrompido. Era ansiosamente esperado e aclamado por todos graças à sua
alegria ingênua e suas saídas espirituosas.
Assim que chegava gritava para os
amigos em tom de brincadeira:
- Por favor, poupem-me a cabeça! Pelo menos a
cabeça! ....
***
FONTE: CHIAVARINO, SORRISOS de DOM BOSCO. VI Edição, Ed. Paulinas, São Paulo, 1959, o "sorriso" de hoje encontra-se à páginas 7 a 10.
Um comentário:
O guri já era santo desde criança................................................fui
Postar um comentário